História

O município de Frutal foi sempre rodeado por municípios dotados de Usinas de Açúcar, Etanol e Energia. A mais antiga da região foi a Usina de Fronteira que entrou em insolvência financeira nas mãos de seus fundadores, a massa falida teve a participação de vários parceiros que infelizmente não conseguiram dar sustentabilidade àquele empreendimento que durante muitas décadas foi responsável por proporcionar vida digna a muitas famílias. Pirajuba com relativa tradição conta com a Usina Santo Ângelo e Campo Florido foi agraciado com um mega investimento do grupo Alagoano Tasso Vanderlei construindo mais uma unidade da Usina Coruripe.

Todas essas usinas possuíam áreas de cana plantadas em Frutal sem que nada fosse manufaturado no município. Até por volta do ano de 2005/2006 nenhum investidor do setor Sucro Alcooleiro havia se habilitado a investir em Frutal até que o Grupo Vale do Rosário aproveitando aquela euforia das safras 2004, 2005 e 2006, resolveu implantar uma Usina no município de Frutal em posição estratégica que veio a ser chamada de Usina Frutal com a intenção precípua de ser um mega investimento.

A usina entrou em funcionamento no segundo semestre de 2007. Dentro dessa euforia, Usineiros tradicionais da família Andrade da cidade de Pitangueiras-SP, resolveu firmar parceria com o Grupo Queiroz de Queiroz de Frutal capitaneado pelo pecuarista Adalberto José de Queiroz para instalar a segunda Usina no município, a Usina Cerradão, também em posição estratégica prometendo ser mais um mega investimento.

A usina entrou em funcionamento em 2009. A vinda dessas usinas provocou uma mudança no cenário da agricultura local. As usinas se comprometendo que 60% das canas plantadas seriam de fornecedores independentes, houve uma carência incrível de mudas diante da pressa nos plantios só se preocupando com a logística de plantio sem se preocupar com a de colheita, a cultura da soja com uma péssima remuneração, as pastagens degradadas dando sinais de inviabilidade nas reformas, a cultura da cana prometendo muito não houve outra saída senão uma grande migração de outras culturas para essa.

Outro fato relevante foi que plantou-se cana para colheita manual e com o arrocho no cumprimento das leis trabalhistas, inviabilizou-se a colheita manual originando forte tendência à sua extinção e conseqüente substituição para a mecânica. Grande parte desses novos plantadores de cana é procedente de regiões canavieiras de cidades vizinhas do Estado de São Paulo com certa experiência em cana e diante de toda essa turbulência vislumbraram a necessidade de se criar uma Associação de Produtores Independentes de Cana justamente para corrigir todas essas distorções que houve em nosso início de produção de açúcar e álcool na região almejando uma perfeita sintonia entre usinas e plantadores independentes.

Se fornecedores de matéria prima (cana), usineiros, colaboradores das usinas, fornecedores de bens de produção das usinas e dos fornecedores de cana, trabalhar em sintonia dentro dos padrões de ética e transparência temos os ingredientes necessários à sustentabilidade da cadeia produtiva da cana de açúcar em nossa região. Se algo der errado fica por conta das ameaças externas que fogem ao nosso controle. È bom lembrar que houve uma cisão dentro da Vale do Rosário na qual a Usina Frutal passou a ser controlada pelo Grupo Moema juntamente com as Usinas Moema, Guariroba, Vertentes, Ouroeste e Itapagipe.

Com a crise do setor ocorrida em 2007 e 2008 a Bunge passou a exercer 100% do controle acionário das usinas Frutal, Itapagipe, Moema, Guariroba e Ouroeste a partir de 2010. A APROVALE tem sede, administração e foro jurídico na cidade de Frutal/MG, à Praça da Matriz nº 26. Sua área de atuação para efeito de admissão de associados é: Frutal, Planura, Pirajuba, Fronteira, Itapagipe e Comendador Gomes. A APROVALE tem por finalidade congregar em seu seio os plantadores e fornecedores de Cana de Açúcar das Usinas Frutal e Cerradão.